O ensino do Novo Testamento sobre o casamento revela que os atos de cultivar e guardar (Gn 2.15) seguem o próprio padrão do chamado de Deus para um marido cristão.

Cultivar: o ministério do marido de nutrir. O ensino de Paulo sobre o casamento enfatiza o alinhamento do ministério de um marido com o de Cristo para com a igreja. As esposas devem submeter-se aos maridos porque o marido recebe um papel limitado, porém genuinamente representativo de Cristo no casamento. Ou seja, assim como Cristo edifica seu povo, também o marido cristão deve edificar e encorajar sua esposa. Esse é o componente de “cultivar” do papel de um marido — seu chamado para manter um ministério de nutrição de amor em relação à sua esposa.

Vemos esse chamado na declaração de Paulo de que Cristo trabalhou para “santificar” a igreja, “tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5.26). Paulo, então, explica que Cristo queria apresentar a igreja para si mesmo “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27). Isso nos mostra que a primeira preocupação de um marido com sua esposa deve ser seu bem-estar espiritual: seu relacionamento com o Senhor e a força e o poder de sua fé. Paulo não está dizendo que os maridos devem violentamente pressionar suas mulheres a conformarem-se com alguma ideia de como uma esposa cristã deveria agir. Antes, os maridos devem considerar suas esposas cristãs santas aos olhos de Deus, e devem tratá-las, nas palavras de Pedro, como herdeiras também “da mesma graça de vida” (1Pe 3.7).

Em suma, um marido é chamado para edificar a fé e a esperança de sua esposa em Cristo, por meio do ministério da Palavra de Deus na vida dela.

Guardar: morrer para que ela viva. Juntamente com o ministério de nutrição do marido para com sua esposa, vem sua proteção para garantir que ela esteja segura. Esse é o mandato de “guardar”, por meio do qual o marido protege e defende sua esposa. Dificilmente, Paulo poderia expressar isso em uma linguagem mais vívida do que quando compara o amor abnegado de um marido ao amor de Jesus Cristo na cruz: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Como já observei, a obra sacrificial de Cristo na cruz é o ato definitivo de “guardar”, assegurando as bênçãos de Deus e vencendo os inimigos do pecado e da morte.

Quando Paulo diz que o marido deve admitir o próprio sacrifício pelo bem-estar de sua esposa, isso obviamente inclui sua segurança física. Mas a principal ameaça contra a qual um homem deve proteger sua esposa é o seu próprio pecado.

Artigo adaptado do livro Homens de Verdade, de Richard D. Phillips.

Por: Richard D. Phillips

CategoryArtigos, Casais, Pastoral
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