A nossa crença no pedobatismo [batismo infantil] tem forte relação com a nossa fé em que a igreja de Jesus Cristo começou em Gênesis, com a separação que Deus fez de um povo, distinguindo-o das outras nações. Esta mesma igreja continuou através de vários e diferentes estágios da história como um só povo contínuo de Deus, e ainda continua atualmente. A obra de Cristo foi a mudança mais radical operada na igreja, mas esta continua sendo a mesma igreja. Pertencemos à mesma instituição fundamental a que pertenceram Sete, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Davi e Ezequiel.

A Aliança da Graça

Deus chamou Abraão e fez uma aliança com ele para que por ele fosse dada salvação às nações (Gn 12:1-3, 15, 17). A aliança com Abraão eventualmente se transfigurou na aliança com Israel, outorgada por meio de Moisés no Monte Sinai. Esta aliança desenvolveu-se mais amplamente através do período da monarquia e, depois, durante e após o exílio na Babilônia. Finalmente, Cristo transfigurou todas as alianças precedentes, estabelecendo a nova aliança em seu sangue (Mt 26:28; Lc 22:20; Hb 9:11-18). ​Esta aliança, em particular, nada menos é que salvação. É a “aliança eterna” de Deus, “para ser o seu Deus” (Gn 17:7), “para perdão de pecados” (Mt 26:28), e para purificar “a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!” (Hb 9:14).

Quem São os Membros da Aliança?

Deus prometeu a Abraão “ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gn 17:7). O salmista reitera essa promessa fundamental, cantando: “Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno, está com os que o temem, e sua justiça com os filhos dos seus filhos” (Sl 103:17). E uma declaração semelhante vemos em Isaías 59:21, onde lemos: “‘Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles’, diz o Senhor. ‘O meu Espírito que está em você e as minhas palavras que pus em sua boca não se afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos descendentes deles, desde agora e para sempre’, diz o Senhor”.

Quando Cristo veio e estabeleceu a nova aliança, ele não anulou sua promessa de que seria o Deus de nossos filhos: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. (Lc 18:15-17).

A Bíblia promete aos crentes, quanto aos seus filhos, que Deus será seu Deus, que lhe dará sua justiça, que o seu Espírito não se apartará deles, e que eles estão incluídos em sua aliança. Deus quer que os cristãos considerem cristãos os seus filhos pequenos. Não significa que eles vão automaticamente para o céu quer continuem quer não continuem a crer no Evangelho. Precisamente como se dá com os cristãos mais velhos, é preciso que as crianças continuem na fé, (…) precisam passar pelo discipulado cristão e que precisam ser incentivados a crescerem na graça e na maturidade através de toda a sua vida.

Por que batizar crianças? Porque queremos garantir aos nossos filhos, durante toda a vida deles, quando os educamos e os ensinamos a seguir a Jesus e a confiar nele, que, por meio do ministério da sua igreja, Deus toma posse deles como membros da sua família.

Extraído e adaptado do livro Por que batizar crianças? Mark Horne. Edições Calcedônia.

Por: Mark Horne

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