Na quarta-feira passada (07 de setembro), nosso país celebrou o Bicentenário da Independência. A data é marcada pelo fim da relação entre colônia e metrópole estabelecida pela colonização brasileira. Com o grito de “independência ou morte” nas margens do riacho do Ipiranga, o então imperador Dom Pedro I pôs fim ao Período Joanino.

A conquista da independência foi um fato marcante e muito importante para a nossa nação, no entanto, nem sempre ser independente é bom, principalmente quando queremos ser independentes de Deus.

Fomos criados por Deus e para Ele. O ser humano se rebelou contra Deus, conforme Gênesis 3. Adão e Eva possuíam comunhão com Deus, comunhão entre eles e com a natureza. No entanto, escolheram se rebelar contra o Criador, pois deram ouvidos à voz da serpente. Eles quiseram ser independentes de Deus, e isso os levou à morte. O ser humano continua dando ouvidos à Satanás, ao seu próprio coração e ao mundo. Sempre que decidimos agir por conta própria e para nós mesmos, estamos agindo como àquele primeiro casal agiu no Éden.

Precisamos entender que dependemos inteira e completamente de Deus, e que à parte dEle não há felicidade, somente morte. O caminho de Deus é diferente do caminho do homem. O caminho do homem é orientado para o eu: agradar a si mesmo, confortar a si mesmo, confiar em si mesmo, satisfazer a si mesmo, perdoar a si mesmo, exaltar a si mesmo, e amar a si mesmo.

Paul Tripp, em seu livro Instrumentos nas Mãos do Redentor, escreve: “A rebeldia é a tendência inata de ceder às mentiras da independência, autossuficiência e egoísmo. Isso resulta em violação habitual dos limites dados por Deus. A independência diz: ‘tenho o direito de fazer o que quero quando quiser’. A autossuficiência diz: ‘tenho tudo o que preciso em mim mesmo, então não preciso depender ou me submeter a ninguém’. O egoísmo diz: ‘eu sou o centro do meu mundo.

É certo viver para mim mesmo e só fazer o que me traz felicidade’. Estas são as mentiras do Jardim [do Éden], as mesmas mentiras que Satanás cochichou geração após geração, cujos ouvidos estavam receptivos. Elas negam a nossa constituição básica como humanos. Não fomos criados para sermos independentes. Fomos projetados para estarmos em submissão diária a Deus e vivermos para a Sua glória. Viver fora deste projeto nunca dará certo”.

Ao invés de dar ouvidos a Satanás, ao mundo, e ao seu próprio coração, dê ouvidos a Deus: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.” (Lucas 9.23,24).

Por: Luís Roberto Navarro Avellar

CategoryArtigos, Pastoral
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