Estamos considerando sobre o tema “Acusações contra a Igreja Moderna”, baseado no livro de Paul Washer. Anteriormente vimos as seis primeiras acusações: 1ª. Uma negação prática da suficiência das Escrituras; 2ª.  Um desconhecimento de Deus; 3ª. Um fracasso em abordar o mal do homem; 4ª. Uma ignorância quanto ao Evangelho de Jesus; 5ª. Um convite antibíblico ao Evangelho; 6ª. Uma ignorância quanto à natureza da igreja. Dando continuidade, vejamos mais duas acusações:

Sétima acusação: Uma falta de disciplina eclesiástica amorosa e compassiva. Segundo os Reformadores, a disciplina eclesiástica é uma das marcas de uma igreja verdadeiramente cristã. No entanto, essa responsabilidade da igreja tem sido negligenciada ou aplicada de maneira não bíblica. Se por um lado em muitas Igrejas não existe a aplicação da disciplina em casos em que ela é necessária, por outro lado, em outras igrejas a disciplina é aplicada com humilhação e sem critérios justos.

Jeffrey Johnson escreveu: “Assim como os cristãos individuais não devem tolerar pecados em suas vidas, a igreja não deve desculpar o pecado habitual e não arrependido em sua membresia. A igreja deve lidar com o fermento antes que ele contamine a integridade espiritual de toda a Igreja (1 Coríntios 5:7-8). Portanto, quando necessário, a igreja é autorizada e obrigada por Deus a levar a cabo a disciplina.” [A Igreja: Sua Natureza, Autoridade, Propósito e Culto, p. 72].

A Palavra de Deus nos ensina: “Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vocês, que são espirituais, restaurem essa pessoa com espírito de brandura.” (Gálatas 6:1). Pessoas “espirituais” (espiritualmente qualificadas para corrigir aqueles que tropeçam) devem restaurar essa pessoa com “espírito de brandura” (fazer no espírito de gentileza).

Oitava acusação: Um silêncio a respeito da santidade. Hoje, há uma carência de ensino sério sobre santidade na vida. É claro que há um ensino geral sobre a santidade no qual todos concordam. “Sejamos santos”, alguns dizem, “precisamos ser mais santos”. Mas, quando somos específicos a respeito do que isso significa, a questão fica mais séria. O autor de Hebreus nos diz: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). Esse versículo não ensina que a salvação é por obras, e sim, que os salvos pela graça evidenciarão a salvação através das obras, através de uma vida em santificação.

Novamente Jeffrey Jonson: “A verdadeira igreja é santa pela sua própria natureza. O grande objetivo da igreja, consequentemente, é crescer em unidade e em santidade. É o pecado que destrói a unidade, e assim Deus está buscando trazer seu povo para uma maior unidade, libertando-o da escravidão do pecado e santificando-o por sua verdade (João 17:17)”, pp. 33-34.

Por: Luís Roberto Navarro Avellar

CategoryArtigos, Pastoral
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