Existe uma lenda sobre um leilão que houve no inferno, onde as ferramentas usadas pelo diabo estavam sendo exibidas. Contudo, escondida num canto à parte, havia uma determinada ferramenta onde, logo abaixo, liam-se os seguintes dizeres: “Não está à venda!” Por que você não está vendendo aquela ferramenta? – perguntou um comprador ao diabo. Algumas são indispensáveis para mim – respondeu ele – essa é uma delas. Com ela posso penetrar profundamente no coração das pessoas, esmagando suas emoções e imobilizando suas mentes. O nome dessa ferramenta é desânimo.

Encorajamento é o antídoto mais eficaz no contra-ataque à infecção do desânimo. Por isso é essencial nos mútuos relacionamentos do Corpo de Cristo.

Encoraje-me! É provável que você nunca tenha feito este pedido a alguém. Porém, se pudesse falar a verdade, diria que está tremendamente necessitado de um sorriso, uma palavra de consolo, um carinho especial. O propósito de Deus é dirigir seu coração, ou usá-lo para encorajar a outros.

  1. O Espírito Santo como Encorajador

Em João, nos capítulos de 14 a 16, Jesus identifica o Espírito Santo como “Conselheiro”. Na tradução da Bíblia para o português, esta palavra aparece como “Consolador”. Na língua original é “Parákletos” que, frequentemente é traduzida como “Encorajador”.

Em cada uma desta passagens o Espírito Santo realiza um ministério específico: João 14.16-17 – Habita conosco para sempre; João 14.26 – Nos ensina todas as coisas; João 15.26 – Testifica de Jesus; João 16.7 – Substitui a Jesus.

Em resumo, o “Encorajador” é quem continua o ministério de Cristo na terra, habitando conosco, apoiando, ajudando, motivando, dando poder aos que creem no Senhor Jesus.

  1. Praticando o Encorajamento

Em 2 Coríntios 1.3-4, Deus é o “Grande Consolador”. Ele nos consola em nossas tribulações para que sejamos consoladores, encorajadores de outros que estejam passando por angústias.

Incrustada na história da Igreja primitiva do século I, existe um modelo de encorajamento. Seu nome é Barnabé, nascido em Chipre. Provavelmente, depois de Jesus, o maior exemplo bíblico de encorajamento. Na verdade, Barnabé significa “Filho da consolação” ou “Filho do encorajamento”, conforme Atos 4.36.

A Igreja, em seu início, passava por sérias perseguições. Muitos enfrentavam grandes dificuldades materiais, devidas às perdas sofridas pela firme decisão em confessar Jesus Cristo como Senhor. Surge então o Barnabé de Chipre e, espontaneamente, vende uma propriedade, distribuindo tudo aos necessitados (Atos 4.37). Veja como ele continuou, em outras oportunidades, a exercer seu dom espiritual: Atos 9.26 e 27; 11.23-26; 15.36-41.

Fonte: Problemas Existenciais. Revista Educação Cristão, Volume 2, Editora SOCEP.

Por: Luís Roberto Navarro Avellar

CategoryArtigos, Pastoral
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