Rev. Luis Roberto Navarro Avellar

No domingo passado (27/04), durante uma partida de futebol pelo campeonato espanhol, um torcedor do time do Villareal, numa atitude racista, lançou uma banana em direção ao jogador brasileiro Daniel Alves, do Barcelona. Entretanto, o jogador teve uma atitude inusitada, ele pegou a fruta, descascou e comeu.

Após o ocorrido, o jogado Neymar lançou na internet a campanha “Somos todos macacos”. Rapidamente, esportistas, jornalistas, apresentadores de TV, artistas famosos e pessoas desconhecidas de todo o mundo aderiram à campanha, publicando e compartilhando fotos com bananas em solidariedade ao jogador.

Nós, crentes em Cristo Jesus, somos contra o racismo. O racismo é totalmente incompatível com o cristianismo. O cristão deve amar o próximo como ama a si mesmo.

Não podemos ser racistas, pois só existe uma raça, a raça humana. A Bíblia nos ensina: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27); “…de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação.” (Atos 17.26).

Somos todos descendentes de Adão e Eva. O que existem são etnias diferentes, cor de pele diferente, mas somos todos da mesma raça, a raça humana. A graça de Deus alcança pessoas de lugares, etnias, línguas, cor de pele diferente: “…e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse 5.9).

Não somos todos macacos, como diz a campanha lançada por Neymar, pois na verdade, nenhum ser humano é macaco. Nem ao menos cremos que descendemos dos primatas. Não cremos no evolucionismo, cremos que Deus nos criou. Em Gênesis 1.27, lemos que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, diferentemente dos animais, que foram criados “segundo a sua espécie”. Isso é claro não justifica o maltrato aos animais.

Tratando de pessoas, não podemos dizer “somos todos macacos” e sim, somos todos humanos.

Aproveito para indicar a leitura do livro “O Racismo, a Cruz e o Cristão”, de John Piper.

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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 4/5/2014.

IP Jundiai

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