Rev. Luis Roberto Navarro Avellar

Como vimos no artigo anterior, em termos bíblicos, um ídolo é alguma outra coisa, que não Deus, na qual empregamos nosso coração, que nos motiva, que nos controla ou governa, ou a qual servimos.

David Powlison em seu livro Ídolos do coração e Feira das Vaidades, ao comentar sobre o texto de 1 Jo 5.21 “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”, afirma que esta passagem “deixa-nos com a questão mais básica com que Deus confronta o coração humano: alguém ou alguma coisa que não Jesus Cristo tem controlado a confiança de nosso coração, como objeto, preocupação, lealdade, serviço ou prazer?

É uma questão que influi a motivação imediata de nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos. Foi Jesus mesmo quem disse: ‘porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.’ Lc 12.34.”

No combate a idolatria, é necessário que cada um examine seu próprio coração, para que possa identificar quais ídolos tem servido, para depois lançar fora.

Algumas perguntas para diagnosticar seu coração:
– O que mais você quer e teme perder?
– O que mais você quer e teme perder, acima de querer refletir sobre Deus e crescer em santidade de vida?
– Que prazer você quer tanto ter que está disposto a pecar a fim de obtê-lo?
– O que você teme tanto perder que nem hesita em pecar a fim de mantê-lo?

Elyse Fitzpatrick, em seu livro Ídolos do Coração – Aprendendo a Desejar Apenas Deus, ao tratar de como identificar um ídolo, escreveu: “O homem busca os ídolos para acalmar seus temores e conseguir benefícios desejados – trazer-lhe felicidade. Para identificar seus ídolos, comece a analisar os pensamentos e imaginação que lhe trazem felicidade (…). Em vez de moldar ídolos em madeira ou pedra, nós os moldamos em nossa imaginação – adorando aquilo que cremos ser capaz de nos trazer felicidade.”

Você já identificou se há algum ídolo em seu coração? Creio que devemos orar como Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139. 23-24).
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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 19/1/2014.
Ilustração: A Adoração do Bezerro de Ouro, de Nicolas Poussin (1594–1665)

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