Escola Bíblica Dominical I Ministério Infantil

O nosso entrevistado de hoje é diácono, bonequeiro, líder do Ministério de Evangelismo Cia Meia Verde e professor da Escola Bíblica para os adolescentes, Dan Camargo. Dan é o preletor no curso de Contação de História que será realizado no mês de março, na IPJ. O ministério de comunicação da IPJ entrou em contato com ele e gentilmente aceitou o nosso convite para uma entrevista. Acompanhe agora a história desse servo.

MC – Como foi sua conversão e quanto tempo serve a Deus?

DC – Eu sou presbiteriano desde que nasci. Pertenci a Igreja Presbiteriana da Vila Hortência-IPB, em Sorocaba, onde fui batizado, ficando por lá até os meus 6 anos. Nessa época, meus pais se separaram. Em consequência disso fiquei muito tempo afastado. Até que, em abril de 2005, visitei a Igreja Presbiteriana do Calvário-IPB, em Sorocaba, onde comecei a frequentar e em dezembro de 2005, fiz minha profissão de fé juntamente com a minha família. A partir daí, nunca mais deixei de participar. Servia na Recepção, Projeto Oferecer, Ministério Conexão TEEN – pré-adolescentes, Ministério Infantil, nas cantatas, como ator, backstage, etc. Atualmente, sou diácono, líder do Ministério de Evangelismo Cia Meia Verde e professor da EBD para os adolescentes.

MC – De onde veio o gosto por bonecos?

DC – Foi na necessidade em ajudar e a servir na igreja. Meus filhos participavam do coral infantil e logo em seguida minha esposa começou a trabalhar no ministério infantil aos domingos. Só que devido ao meu tamanho as crianças tinham certo receio de mim. Até a minha esposa falou: “Amor, para as crianças, você deve parecer um Ogro”. Por isso eu tinha que ter uma estratégia, aí pensei: Vou trabalhar com bonecos! Toda criança gosta de bonecos. Comecei a ensaiar com uma Meia Verde que eu tinha, pois como bom palmeirense que sou, ela estava a mão. Confesso que eu ensaiava sozinho, na frente do espelho, porque a minha família achava muito esquisito me ver com uma luva na mão, ensaiando na frente de um espelho, fazendo uma voz esquisita. Nesse meio tempo, chegava à minha igreja, um pastor que veio pra auxiliar o titular e a sua esposa, Léia Simioni.

“Coincidentemente”, Léia veio perguntar à minha esposa e eu se na igreja havia algum boneco. Na verdade, até havia dois bonecos, do Smilinguido, mas que estavam bem “desmilinguidos”. Acabei compartilhando que eu também estava interessado em ter algum boneco, que estava inclusive ensaiando para poder trabalhar com as crianças. Léia nos disse que na sua igreja anterior havia trabalhado em um ministério de bonecos voltado para evangelização de crianças, aí ela fez um convite: que fizéssemos uma apresentação em homenagem ao dia das mães, no dia 13 de maio de 2007, que seria daqui a 10 dias.

Pra resumir, nós passamos os próximos 10 dias praticamente morando na casa do pastor, confeccionando 4 bonecos e ensaiando 2 músicas em homenagem ao dia das mães. E se permite a falta de modéstia, nós arrasamos! A igreja adorou e as crianças, até então, não tinham visto esse tipo de trabalho e que deu tão certo, que a partir dali, começamos esse trabalho de evangelismo com bonecos apresentando em igrejas, escolas, hospitais, praças, asilos e onde mais Deus nos chamar para levar a sua Palavra. Formamos parcerias com outros ministérios, onde ajudamos e somos ajudados. Já participamos da gravação de dois DVD infantis, um sobre Zaqueu e o outro sobre Jonas e 3 cd’s: de Zaqueu, Pedro e Jonas, com o Ministério Ágape Brasil.

MC – Como você desenvolve as histórias e os personagens?

DC – Bom, como bonequeiro, costumeiramente, nós usamos músicas de temática cristã-infantil. Os bonecos dublam fazendo coreografias e gestos que marcam na cabeça da criança a letra da música. Uma outra maneira, são pequenos esquetes, que nós mesmos criamos, pré-gravadas, com efeitos sonoros, onde passamos uma mensagem, geralmente, usando a técnica do teatro de animação, chamada de manipulação direta. Como contador, vai das histórias que mexem e falam mais forte ao meu coração como por exemplo a de Noé, do Rei Nabudonossor, e da parábola do Filho Pródigo.

MC – Conte uma experiência de suas apresentações que ficou marcado na sua vida.

DC – Olha, pode soar piegas, mas TODAS, (em maiúsculas mesmo). Todas as apresentações são marcantes! Primeiro, pelo privilégio de estar na frente de irmãos, não importando a idade falando do Amor de Deus através do Seu Filho. Isso não tem valor que pague. Você ser usado nesse sentido não tem preço. E segundo, o calor humano que você recebe das pessoas, principalmente das crianças, com os risos, os olhares atentos durante a contação e ao final com as demonstrações de carinho, é realmente um presente. E o legal é isso, que a Palavra de Deus toca as pessoas de modos e situações totalmente diferente e inesperadas… inclusive quem está contando.

MC – Em seu repertório, qual personagem você mais gosta e por quê?

DC – Noé. Porque como pai, eu me identifico com a preocupação dele em relação a sua família e da sua devoção e fidelidade em obedecer a Deus contra tudo e contra todos.

MC – Qual é a importância da sua família no seu trabalho?

DC – Enorme. Eu sempre preciso deles ao meu lado se não contracenando, participando, pelo menos, no apoio moral. A minha esposa começou comigo nos bonecos. A minha filha trabalha comigo no ministério e nas minhas contações de histórias. O meu filho mais velho trabalhou, por pouco tempo, mas estava comigo nos bonecos e o caçula ajuda esporadicamente, quando necessitamos. Aquela passagem em que Jesus manda os discípulos de dois em dois para ministrar ao povo, fala muito comigo… Juntos e como família, somos mais fortes.

MC – Qual é a sensação de usar os bonecos para pregar o evangelho?

DC – É uma Alegria! Os bonecos cumprem bem o papel deles que é ser uma ferramenta lúdica, onde o exagero, o improviso, a alegria, a beleza, a emoção que eles acabam transmitindo auxilie a quebrar qualquer tipo de resistência diante do Evangelho.

MC – Quais são as dicas que você daria pra quem tem interesse em trabalhar com bonecos?

DC – Estudem! Encarem o boneco como uma ferramenta extremamente eficaz para passar uma mensagem e não como um brinquedo. Vejam muitos vídeos no You tube, assistam muitas peças de teatro de bonecos, leiam sobre o assunto. Têm vários sites e blogs que tratam sobre o teatro de animação… e reflitam. Sobre as outras formas de teatro de animação há o teatro de sombras, de objetos, de papel. São materiais fáceis de encontrar e bem realizadas. Vocês terão a atenção das crianças para passar a elas a maior e melhor das mensagens.

MC – Em março você estará na IPJ. O que a gente pode esperar da Capacitação que irá trazer?

DC – Meus irmãos, eu estou em oração por vocês e por mim. Minha expectativa é que nós tenhamos um sábado excelente onde iremos trocar valiosas informações, que nos ajudarão a melhorar a maneira de transmitir a Palavra de Deus para as crianças de uma forma interessante, relevante e com conteúdo. Seja com os bonecos, flanelográfo, teatro de objetos ou com desenho, que seja somente a ferramenta. Que não esqueçamos nunca: o mais importante é a Mensagem, o mais importante é a Palavra de Deus.

MC – Se tiver algo que não foi perguntado durante a entrevista poderá fazê-lo neste momento.

DC – Eu espero que todos que forem participar da oficina que Deus os esteja guardando e os motivando para esse trabalho tão importante que é o trabalho com as crianças. E espero que haja bastante homens participando querendo se capacitar para o ministério infantil. Hoje em dia tem a visão que é um ministério de mulheres, mas a presença masculina é tão importante quanto. Que os valorosos irmãos se sintam motivados a trabalhar pelas nossas crianças. Forte abraço a todos e que Deus nos abençoe.

IP Jundiai

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