O apóstolo João escreveu: “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós, Ele enviou o seu filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio Dele. Nisto consiste o amor: não em que tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:9-10).

Sempre digo, “Se deseja ver o amor de Deus, olhe primeiro para a cruz”, pois essa é a mostra extraordinária de Seu amor. Foi para a cruz que Deus enviou o Seu Filho para ser propiciação de nossos pecados. Propiciação, apesar de ser uma boa palavra bíblica, é raramente compreendida pelos cristãos atuais. Talvez, a melhor maneira de pensar nisto seja que é o ato da atitude de Jesus na cruz, a força total da justiça e da fúria sagrada de Deus, pela qual nós devíamos ter nascido.

Todos nós merecemos a fúria de Deus por causa de nossos pecados – não apenas pelos pecados de nossos tempos como incrédulos, mas também o pecado que cometemos todos os dias como crédulos. Mas se nós acreditamos em Cristo, nós nunca experimentaremos uma gota da fúria do copo de Deus. Jesus bebeu o copo em nosso lugar como nosso substituto.

E João nos diz que Deus, em Seu amor, nos enviou Jesus para fazer isso em nosso lugar. Existem duas ocasiões quando Cristãos comprometidos tendem a duvidar do amor de Deus. A situação mais comum é quando nós, por alguma razão, nos tornamos imensamente conscientes de

nossa falta de moralismo, que pode ser evidenciada em algum padrão persistente de pecado em nossas vidas ou, talvez, uma imoralidade total de nosso ser. Nessas horas, nós temos a tendência de pensar: “Como Deus pode amar alguém tão pecaminoso como eu?”.

Em ambos os instantes devemos olhar novamente para a Cruz e ver Jesus carregando aqueles pecados todos que nos faz sentir tão culpados. Deus tomou o nosso pecado- até mesmo aquele que causa sofrimento imediato- e cobrou isso de Cristo, e Ele tomou a sua perfeição e creditou a nós. Deus fez isso, não porque nós éramos agradáveis, mas devido ao seu próprio amor gerado. Como João disse no texto acima, “não foi devido ao nosso amor por Deus, mas o Seu amor por nós”.

A segunda ocasião comum que temos a tendência de duvidar do amor de Deus é em momentos de adversidade. Podemos pensar: “Se Deus realmente me amasse, Ele não permitiria que isso acontecesse.” Nessas horas de dúvida, precisamos olhar novamente para a cruz e ver Deus entregando Seu filho para morrer em nosso lugar (Romanos 8:32). Depois disso, foi neste contexto que Paulo perguntou: “Quem pode nos separar do amor de Cristo?” E algumas sentenças posteriores ele próprio responde a sua pergunta com uma afirmação estonteante: “nada será capaz de nos separar do amor de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor” (Romanos 8:35-39).

Por: Jerry Bridges

 

CategoryArtigos, Pastoral
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